STJ diz que ex-PM deve ficar em presídio fora do Rio

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), decidiu manter o miliciano Toni Ângelo preso no sistema penitenciário federal. O ex-policial militar é um dos principais líderes da organização criminosa Liga da Justiça, milícia que exerce o controle territorial na zona oeste do Rio, no bairro de Campo Grande.
No pedido pela permanência do miliciano em presídio federal, o MPRJ argumenta que Toni Ângelo foi condenado a mais de 172 anos de prisão pela prática de diversos crimes, entre eles homicídio qualificado, ocultação de cadáver, extorsão, organização criminosa, receptação e porte de arma de fogo de uso restrito. Ele permaneceu na liderança do grupo criminoso até 2013, quando foi baleado e preso.
Notícias relacionadas:
MP denuncia 16 pessoas que apoiavam milícia no comércio popular de SP.No STF, delegado confirma ligação de irmãos Brazão com milícias no RJ.RJ: operação contra milícia tem prisões e apreensão de armas e drogas.Em 2021, o ex-PM retornou para o sistema prisional do Rio de Janeiro, onde iniciou aproximação com outros milicianos. Diante disso, foi autorizada a sua transferência de volta para o sistema penitenciário federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
“Nesse contexto, seja pela manutenção dos motivos que inicialmente justificaram a inserção em presídio federal, seja pelos resultados da tentativa de retorno ao presídio estadual, é salutar que o recorrido seja mantido no sistema penitenciário federal até 2027”, decidiu o STJ.
>> Siga o perfil da Agência Brasil no Instagram