Segundo reportagem do “The Air Current”, site especializado em aviação, investigação mudou de rumo apó análise dos gravadores de dados de voo. Avião, um Boeing 787, caiu segundos após decolar na Índia em junho. 240 pessoas morreram, e um passageiro sobreviveu. Veja o momento em que avião com mais de 240 pessoas a bordo cai na Índia
A investigação sobre a queda do avião da Air India que caiu em junho segundos após decolar está apurando se o combustível que abastecia a aeronave foi cortado sem querer, segundo uma reportagem do site de aviação “The Air Current” desta terça-feira (8).
Segundo o site, os investigadores que buscam determinar as causas do acidente passaram a focar seus esforços o movimento dos interruptores de controle de combustível do motor. Ou seja: o botão que aciona o combustível.
O novo rumo das investigações foi determinado após uma análise dos gravadores de dados de voo e voz do avião, ainda de acordo com a reportagem.
A aeronave, um Boeing 787-8 com 242 pessoas a bordo, caiu logo depois decolar do aeroporto de Ahmedabad, cidade no oeste da Índia, em 12 de junho. Apenas uma pessoa, um passageiro com nacionalidade indiana e britânica, sobreviveu.
Foi um dos piores desastres aéreos do último ano. Vários vídeos registraram o momento em que o avião, da Air India, perde força segundos após levantar voo (veja acima).
Relatório preliminar
Cauda de avião da Air India que caiu em Ahmedabad, na Índia, encravada em prédio em 12 de junho de 2025.
CENTRAL INDUSTRIAL SECURITY FORCE/Handout via AFP
Também nesta terça, fontes da investigação disseram à agência de notícias Reuters que o relatório preliminar sobre a queda do voo deve ser divulgado até esta sexta-feira (11).
As fontes falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizadas a falar com a imprensa.
O Escritório de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia, que lidera a investigação sob as regras internacionais, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário fora do horário comercial normal.
A maioria dos acidentes aéreos é causada por múltiplos fatores. A investigação está se concentrando, pelo menos em parte, no empuxo do motor, informou a Reuters no mês passado.
O Boeing BA.N 787 Dreamliner, com destino a Londres, que começou a perder altitude após atingir 198 metros, caiu momentos após a decolagem de Ahmedabad, matando 241 das 242 pessoas a bordo e o restante no solo.
Mais cedo na terça-feira, a agência de notícias ANI da Índia informou que investigadores do AAIB apresentaram o relatório preliminar sobre o acidente ao Ministério da Aviação Civil, citando fontes.
A Reuters não pôde confirmar a informação imediatamente.
A investigação tem sido assombrada por questionamentos sobre a falta de informações, depois que os investigadores levaram cerca de duas semanas para baixar os dados do gravador de voo após o acidente. O governo indiano realizou apenas uma coletiva de imprensa sobre o incidente, e nenhuma pergunta foi respondida.
No entanto, a Índia reverteu uma decisão anterior, divulgada pela Reuters, de impedir que um investigador de aviação da ONU participasse da investigação, disseram duas fontes importantes.
Um especialista da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) da ONU recebeu o status de observador, após um pedido incomum da agência para oferecer seu apoio.
A OACI não quis comentar, acrescentando em um comunicado que qualquer discussão pública sobre “acordos de cooperação” exigiria autorização do Estado.
O acidente está desafiando a ambiciosa campanha do Grupo Tata para restaurar a reputação da Air India e renovar sua frota, após assumir o controle da companhia aérea do governo em 2022.
A Índia está apostando no crescimento da aviação para apoiar objetivos de desenvolvimento mais amplos, com Nova Déli afirmando que quer que a Índia seja um polo global de aviação criador de empregos, nos moldes de Dubai, que atualmente administra grande parte do tráfego internacional do país.
Um painel de legisladores indianos analisará a segurança no setor de aviação civil do país e convidou diversas autoridades da indústria e do governo para responder a perguntas na quarta-feira, com tópicos que incluirão o recente acidente aéreo.

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