Trump volta a defender Bolsonaro: ‘Não é como se ele fosse meu amigo, é alguém que eu conheço’
PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (15), ao ser questionado por repórteres depois de ser informado sobre o pedido de condenação Jair Bolsonaro pela PGR.
Em sua fala, Trump disse que o ex-presidente brasileiro “não é como se fosse seu amigo”, mas é alguém que ele conhece, e voltou a afirmar, sem provas, que o julgamento de Bolsonaro no STF é “uma caça às bruxas”.
Na segunda-feira (14), Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
“O presidente Bolsonaro é um bom homem. Conheci muitos primeiros-ministros, presidentes, reis e rainhas, e sei que sou muito bom nisso. O presidente Bolsonaro não é um homem desonesto. Ele ama o povo brasileiro. Ele lutou muito pelo povo brasileiro”, disse o presidente americano.
“Ele negociou acordos comerciais contra mim em nome do povo brasileiro, e foi muito duro, e foi duro porque queria fazer um bom negócio para o seu país. Ele não era um homem desonesto, e acredito que isso seja uma caça às bruxas e que não deveria estar acontecendo. Eu sei disso”, continuou.
“Veja, ele não é como se ele fosse meu amigo. Ele é alguém que eu conheço, e sei que ele representa milhões de pessoas, brasileiros, são ótimas pessoas, e ele ama o país, e lutou muito por essas pessoas, e eles querem prendê-lo. E eu acho que isso é uma caça às bruxas, e acho muito lamentável”, disse Trump, na Casa Branca.
Trama golpista
As acusações fazem parte das alegações finais apresentadas na ação penal que apura a tentativa de ruptura institucional planejada pelo núcleo próximo ao ex-presidente.
Segundo a PGR, Bolsonaro liderou uma organização criminosa armada voltada a desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção.
Em interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) em junho, Bolsonaro negou que tenha liderado a trama golpista.
Esta reportagem está em atualização.