Trump processa jornal por reportagem sobre Epstein
O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, afirmou que deve liberar os parlamentares para o recesso de verão um dia antes do previsto. A medida evita uma disputa sobre documentos ligados ao caso do bilionário Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais.
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Epstein morreu em 2019, logo após ser preso acusado de comandar um esquema de abuso sexual de menores. Em 2024, Donald Trump prometeu revelar uma lista de clientes do bilionário. Agora, no entanto, o presidente diz que o documento é uma farsa — o que desagradou apoiadores.
A antecipação do recesso na Câmara tem como objetivo reduzir pressão feita por democratas para votar uma resolução bipartidária que obriga o Departamento de Justiça e o FBI a divulgar todos os arquivos do governo sobre Epstein.
“O que nos recusamos a fazer é participar de mais um dos jogos políticos dos democratas. Esse é um assunto sério. Não vamos permitir que eles usem isso como um aríete político”, disse Johnson a jornalistas.
Aliados de Trump, que apoiam teorias da conspiração em torno do caso, ficaram frustrados depois que o governo descartou novas evidências. O Departamento de Justiça havia prometido divulgar documentos adicionais, mas voltou atrás, afirmando que não havia provas que sustentassem as suspeitas.
A decisão gerou um racha raro entre Trump e parte da sua base mais fiel, ligada ao movimento Make America Great Again. Uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que a maioria dos norte-americanos, incluindo republicanos, acredita que o governo esconde informações sobre o caso.
Na segunda-feira (21), democratas tentaram usar uma reunião do Comitê de Regras da Câmara para forçar a votação da resolução apresentada pelos deputados Thomas Massie, republicano, e Ro Khanna, democrata. O comitê é responsável por definir o que vai para votação no plenário.
Em resposta, os republicanos suspenderam a audiência, travando a tramitação de propostas relacionadas ao tema.
A expectativa era que a Câmara votasse os últimos projetos da semana na quinta-feira (24). No entanto, o líder da Maioria, Steve Scalise, disse que as votações serão antecipadas, com foco em propostas de menor impacto.
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Epstein x Trump
Donald Trump processa jornal por divulgar suposta carta a Jeffrey Epstein
Reprodução/TV Globo
Jeffrey Epstein tinha conexões com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros sexuais em suas mansões.
Em 2008, Epstein chegou a firmar um acordo com a Justiça para se declarar culpado. Em 2019, o caso voltou à tona, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário por tráfico sexual.
O bilionário morreu na cadeia poucos dias depois de ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida.
Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Trump prometeu divulgar uma lista com os nomes de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos chegaram a ser publicados pelo governo.
Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outras pessoas em registros de voos ligados ao bilionário. É de conhecimento público que os dois foram próximos nos anos 1990. Trump, no entanto, não é investigado nesse caso.
Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi chegou a insinuar que havia uma lista de clientes de Epstein sobre a mesa dela para ser revisada. Esse documento, no entanto, nunca foi divulgado.
Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não existe nenhuma lista de clientes nos documentos relacionados à investigação.
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