Trump não especificou quantos sistemas pretende enviar à Ucrânia, mas disse que os Estados Unidos serão reembolsados pela União Europeia. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (à direita), se encontra com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca em 28 de fevereiro de 2025.
REUTERS/Nathan Howard
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (13) que enviará mísseis de defesa aérea “Patriota” para a Ucrânia, dizendo que eles são necessários para defender o país porque o presidente russo, Vladimir Putin, “fala bonito, mas à noite bombardeia todo mundo”.
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“Vamos enviar o ‘Patriota’, que eles precisam desesperadamente, porque Putin realmente surpreendeu muita gente. Ele fala bonito e depois bomba todo mundo à noite. Mas tem um pequeno problema aí. Eu não gosto disso”, disse Trump a repórteres na Base Aérea de Andrews, nos arredores de Washington.
Trump não especificou quantos sistemas “Patriota” pretende enviar à Ucrânia, mas disse que os EUA serão reembolsados pela União Europeia. O presidente americano tem se mostrado cada vez mais decepcionado com Putin, já que o líder russo tem resistido às tentativas de Trump de negociar um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, que estão em guerra desde fevereiro de 2022.
“Basicamente, vamos enviar a eles diversos equipamentos militares muito sofisticados. Eles vão nos pagar 100% por isso, e é assim que queremos”, afirmou Trump.
O “Patriota” é um avançado sistema de defesa aérea, utilizado pelos EUA e por Israel, aliado americano no Oriente Médio, além de outros países ocidentais. Os EUA já enviaram alguns sistemas “Patriota” à Ucrânia, em 2023.
Segundo o site americano “Axios”, Trump deve anunciar um novo plano para armar a Ucrânia com armas ofensivas —uma mudança drástica em relação à sua postura anterior— citando duas fontes familiarizadas com o assunto.
O envio de mais sistemas “Patriota” à Ucrânia é uma vitória para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que fez repetidos pedidos aos aliados europeus e aos EUA pelo envio de mais armamentos para aumentar as capacidades defensivas do país contra os crescentes e diários ataques de mísseis e drones feitos pela Rússia. Na semana passada, os russos realizaram o maior bombardeio da guerra, com mais de 700 drones contra diversas regiões da Ucrânia.
Trump vai receber o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na Casa Branca nesta segunda-feira para discutir a Ucrânia e outros assuntos.
Um porta-voz do Ministério da Defesa da Alemanha disse nesta segunda que há “sinais muito positivos” vindos de Washington sobre a venda de sistemas de defesa aérea Patriota para a Ucrânia.
“As discussões agora estão sendo realizadas sobre as modalidades de implementação, ou seja, quantos sistemas serão fornecidos, quem os assumirá e como serão financiados”, disse o porta-voz, referindo-se à visita do ministro da Defesa Boris Pistorius a Washington.
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