Do luxo dos campos de golfe aos protestos nas ruas: Trump visita Escócia sob recepção ‘dividida’
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O presidente Donald Trump desembarca nesta sexta-feira (25) na Escócia para uma visita privada que mistura negócios, diplomacia e retorno às suas origens, já que sua mãe nasceu no país. A viagem, classificada como “de trabalho” pela Casa Branca, inclui compromissos em dois luxuosos campos de golfe e uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
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A agenda de Trump, que deve permanecer durante quatro dias no país, não foi totalmente divulgada, mas deve girar em torno das visitas a seus dois luxuosos complexos de golfe à beira-mar. Os detalhes sobre o encontro com Starmer também não foram revelados.
Durante o encontro na Escócia, o premiê deve tentar sondar as intenções comerciais do norte-americano. Especialmente após Trump sinalizar que deseja “ajustar” o acordo comercial firmado entre Reino Unido e Estados Unidos em maio.
Apesar das diferenças de estilo — Trump é entusiasta do golfe, enquanto Starmer prefere o futebol — os dois líderes mantêm uma relação cordial. O premiê britânico chegou a entregar pessoalmente a Trump um convite oficial do rei Charles III para uma visita de Estado em setembro.
Apesar da conexão familiar, a imagem de Trump não agrada a todos na Escócia. Manifestações estão previstas em Edimburgo e Aberdeen, e a segurança foi reforçada. Em março, o campo de golfe Turnberry chegou a ser alvo de vandalismo com pichações em apoio à Palestina.
Até abril, uma faixa com os dizeres “Vergonha para você, Donald John! #democracia” era exibida em Stornoway, a maior cidade da ilha. As autoridades locais pediram sua retirada, mas a faixa passou a circular pela região, sendo assinada pelos moradores como uma forma de manifesto contra o presidente norte-americano.
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Raízes escocesas e recepção dividida
O presidente dos EUA, Donald Trump, fala na cúpula de IA “Vencendo a Corrida da IA” em Washington, DC, em 23 de julho de 2025.
Andrew Caballero-Reynolds/AFP
Trump costuma exaltar sua ligação com a Escócia. “É bom estar em casa”, declarou o líder norte-americano em uma visita anterior, em 2023. “Esta era a terra da minha mãe”, afirmou, relembrando suas raízes escocesas.
Apesar de frequentemente mencionar o pai, Fred Trump, imigrante alemão e magnata do setor imobiliário, o ex-presidente sempre foi mais reservado ao falar sobre a mãe, Mary Anne MacLeod, que morreu em 2000, aos 88 anos. Nas poucas ocasiões que evocou seu nome, apenas a descreveu como “uma mulher de grande beleza, justa e caridosa”.
Filha de um pescador, Mary Anne MacLeod nasceu em 1912 na ilha de Lewis, uma região remota e pobre da Escócia. Caçula dos dez filhos da família que vivia no vilarejo de Tong, ela emigrou aos 18 anos para os Estados Unidos, onde inicialmente trabalhou como babá.
Anos depois, Mary conheceu Fred Trump em uma festa e se casou com ele em 1936, em Nova York. Ela se naturalizou cidadã norte-americana em 1942.
Mesmo após alcançar status social elevado, Mary Anne manteve hábitos simples. Segundo o jornal The Times, ela costumava recolher moedas nas máquinas das lavanderias dos prédios da família, por onde passava com frequência dirigindo um Rolls-Royce rosa.
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