Foto que seria de dedicatória de Trump para Jeffrey Epstein
New York Times / Reprodução
O jornal americano “The New York Times” divulgou nesta sexta-feira (25) uma foto do que seria uma dedicatória em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chama o bilionário Jeffrey Epstein de “o maiorial”.
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De acordo com a reportagem, ela foi deixada por Trump em um exemplar de seu livro “Trump: A Arte do Retorno”, que pertencia a Epstein, e está datada de outubro de 1997, mês em que a obra foi lançada.
“Para Jeff – você é o maioral. Donald”, diz a dedicatória.
Ainda segundo o NYT, o presidente americano, apesar de negar, também deixou uma mensagem para o então amigo em um livro feito em homenagem ao 50º aniversário dele em 2003. E, além do texto, também teria feito um desenho sexualmente sugestivo.
A notícia, que foi dada em primeira mão pelo “The Wall Street Journal”, no dia 17, levou Trump a processar o jornal, que descreveu o desenho como o contorno de uma mulher nua, com a assinatura dele abaixo da cintura, sugerindo pelos pubianos.
Nesta sexta-feira, em novo post na rede Truth Social, Trump voltou a reclamar das polêmicas envolvendo seu nome ao caso. Disse que está sendo vítima de um “golpe” e mais uma “trapaça democrata”.
“Os democratas da esquerda radical estão fazendo tudo o que podem para distrair e ofuscar nossos grandes seis meses de serviço à América. (…) Eles enlouqueceram completamente e estão pregando mais uma farsa, mas, desta vez, sob o disfarce do que chamaremos de golpe de Jeffrey Epstein. À medida que as coisas forem reveladas e, espero que aconteçam rapidamente, vocês verão que se trata de mais uma trapaça democrata. Tomara que os arquivos do Grande Júri ponham fim a essa farsa. Todos deveriam ver o que está acontecendo, mas os inocentes não devem ser prejudicados”, escreveu.
Entenda o que é a ‘lista de Epstein’
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O presidente dos Estados Unidos vem enfrentando uma turbulência política por causa da chamada “lista de Epstein”. Desde o início do mês, o republicano tem sido pressionado até por aliados por não cumprir a promessa de divulgar o documento. Mas, afinal, o que é essa lista?
Para entender, é preciso lembrar quem foi Jeffrey Epstein. O bilionário tinha conexões com figuras influentes do mundo político, financeiro e artístico. Ele morreu em 2019, em uma prisão em Nova York, acusado de comandar uma rede de abuso sexual contra dezenas de meninas menores de idade.
▶️ É de conhecimento público que Trump e Epstein foram amigos nas décadas de 1990 e 2000. O atual presidente nunca foi investigado sobre o caso e afirma ter se afastado do bilionário quando as denúncias de abuso sexual vieram à tona.
Nome de Trump em arquivos de Epstein
Reprodução
Durante a campanha de 2024, Trump prometeu mais de uma vez que, se voltasse à Casa Branca, tornaria públicos arquivos secretos sobre as investigações do caso. Durante uma entrevista, ele disse ser “muito estranho” que uma lista de clientes de Epstein nunca tivesse sido divulgada.
“É muito interessante, não é?”, afirmou. Trump também garantiu que “não teria problema” em revelar os nomes.
💡 Ou seja, a lista de Epstein seria um suposto documento com nomes de pessoas envolvidas no escândalo sexual — algo que nunca foi oficialmente confirmado.
Em fevereiro, o governo dos EUA divulgou uma série de arquivos sobre o caso. A procuradora-geral de Trump, Pam Bondi, chegou a dizer que uma lista de clientes de Epstein estava em sua “mesa para ser revisada”.
Mas uma reviravolta começou nos meses seguintes:
Em junho, o bilionário Elon Musk fez com que o caso voltasse à mídia durante uma briga pública com Trump.
À época, ele publicou no X que o nome do presidente aparecia nos arquivos de investigação. O post acabou sendo apagado, e Musk pediu desculpas.
Um mês depois, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou uma nota oficial afirmando que Epstein cometeu suicídio e que o FBI não encontrou provas da existência de uma “lista de clientes”.
A declaração frustrou apoiadores de Trump, muitos dos quais espalham teorias da conspiração sobre o caso — algumas impulsionadas pelo próprio presidente.
A cobrança dentro da própria base irritou Trump. Na semana passada, ele chamou a lista de Epstein de “farsa“ e “bobagem“, acusando a “esquerda radical” de alimentar boatos. Mas esse discurso ainda não colou.
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