Passageiros fazem check-in no primeiro voo ligando Moscou a Pyongyang neste domingo (27)
AP
A Rússia retomou os voos de passageiros diretos entre Moscou e Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, neste domingo (27). A retomada da rota aérea comercial ocorre em meio ao fortalecimento dos laços entre os dois países após a invasão da Ucrânia, em 2022.
Este é o primeiro trecho de voo regular entre as capitais desde meados dos anos 1990. Em junho, também foi retomado o serviço ferroviário de passageiros entre Moscou e Pyongyang, uma viagem que leva 10 dias.
O trajeto aéreo entre as capitais dura cerca de 8 horas. O primeiro voo, operado pela companhia russa Nordwind Airlines em um Boeing 777-200ER, partiu do aeroporto Sheremetyevo, nos arredores de Moscou, com mais de 400 passageiros.
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As primeiras passagens foram vendidas por 44.700 rublos (cerca de R$ 3,1 mil) e esgotaram rapidamente. A princípio, segundo o Ministério dos Transportes russo, haverá somente um voo por mês.
O chanceler russo, Sergey Lavrov, visitou neste mês o novo resort litorâneo Wonsan-Kalma e prometeu incentivar o turismo russo na Coreia do Norte.
O complexo tem capacidade para quase 20 mil pessoas e é uma das apostas do líder Kim Jong-un para impulsionar a economia norte-coreana via turismo.
A Coreia do Norte tem flexibilizado lentamente as restrições impostas durante a pandemia, reabrindo suas fronteiras de forma gradual, mas ainda não informou se retomará totalmente o turismo internacional.
O Boeing 777-200ER da Nordwind Airlines, da Rússia, antes de decolar rumo a Pyongyang
AP
A Rússia já tinha um voo regular para a Pyongyang, mas partindo de Vladivostok, cidade portuária no leste do país. A rota foi retomada em 2023 após a pandemia de Covid-19.
A Rússia e a Coreia do Norte expandiram significativamente sua cooperação militar nos últimos anos.
A Ucrânia e aliados ocidentais acusam os norte-coreanos de fornecer artilharia e mísseis balísticos aos russos. Essas alegações negadas por Moscou e Pyongyang.
Segundo fontes ocidentais, Pyongyang enviou mais de 10 mil soldados e armas para apoiar a campanha militar russa na Ucrânia. Este mês, Kim Jong-un declarou estar pronto para apoiar “incondicionalmente” os esforços de Moscou no conflito.
Com informações da Reuters e da Associated Press
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