Sobe para 31 nº de mortos em ataque russo a Kiev; Rússia lançou 130 drones e mísseis por dia contra Ucrânia em julho, diz Zelensky
Ataque da Rússia na capital da Ucrânia deixa mortos
O número de mortos de um ataque aéreo que a Rússia lançou contra a capital da Ucrânia, Kiev, na quinta-feira subiu para 31 nesta sexta-feira (1º), afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Cinco crianças estão entre os mortos, a mais jovem delas tinha dois anos.
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Mais de 24 horas após o ataque russo, equipes de resgate ainda procuram por vítimas nos escombros, e o número de vítimas ainda pode crescer. Segundo o Exército ucraniano, a Rússia utilizou um total de 309 drones e oito mísseis hipersônicos Iskander contra o país na quinta, que atingiram mais de 12 locais da capital.
Um vídeo gravado durante o ataque à capital ucraniana mostra o momento em que bombas atingem partes diferentes da cidade (veja acima). Uma grande parte de um prédio residencial de nove andares desabou após ser atingido, segundo o administrador militar de Kiev, Tymur Tkachenko.
Zelensky afirmou que, somente em julho, a Rússia lançou mais de 3.800 drones Shahed, cerca de 260 mísseis de diversos tipos, e mais de 5.100 bombas planadoras —uma média diária de 131 drones e mísseis e 164 bombas planadoras nesse período.
Outras 159 pessoas ficaram feridas no ataque russo de quinta-feira, incluindo 16 crianças, segundo relatório do ministro do Interior, Ihor Klymenko, divulgado por Zelensky nesta sexta.
“Muitos edifícios na cidade foram danificados — são prédios residenciais comuns e outras instalações, todos alvos civis. Entre os locais danificados está uma das mesquitas de Kiev. O ataque foi extremamente traiçoeiro e deliberadamente calculado para sobrecarregar o sistema de defesa aérea”, afirmou Zelensky em publicação no X.
O Ministério da Defesa russo confirmou na quinta-feira o ataque a Kiev, mas disse que teve como alvos campos de aviação militares ucranianos, depósitos de munição e empresas ligadas ao que chamou de complexo militar-industrial do rival. A Rússia, que nega atacar civis, intensificou os bombardeios aéreos contra cidades ucranianas distantes da linha de frente nos últimos meses.
Ataques da Rússia na Ucrânia deixam mortos
REUTERS/Gleb Garanich
Pressão de Trump contra Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou nos últimos dias a pressão contra o governo russo de Vladimir Putin para finalizar o quanto antes da guerra na Ucrânia.
Na terça-feira, Trump deu a Putin um prazo de 10 dias para encerrar o conflito, caso contrário, ele promete aplicar “tarifas severas” de 100% à Rússia e a seus parceiros comerciais.
“Estou dando 10 dias para o [presidente Vladimir] Putin a partir de hoje”, disse Trump nesta terça-feira (29), durante visita à Escócia. O prazo termina em 8 de agosto. Segundo ele, o próximo passo será impor as tarifas.
Donald Trump dá ultimato à Rússia para fim da guerra
O diplomata dos EUA na ONU, John Kelley, afirmou ao Conselho de Segurança da entidade multilateral na quinta-feira (31) sobre o prazo delimitado por Trump, que termina no dia 8 de agosto.
Os 10 dias são uma redução significativa do prazo inicialmente dado por Trump a Putin, de 50 dias, em meados de julho. À época, um assessor de Putin classificou a medida como “ultimato teatral”. A redução pode ser lida como uma impaciência de Trump com a Rússia.
Quando questionado sobre a possibilidade de um encontro com o líder russo para discutir o fim do conflito, Trump respondeu: “Não estou mais tão interessado em conversar com Putin”.
Desde o início da guerra, em março de 2022, os EUA impuseram uma série de sanções econômicas à Rússia, o que dificultou o comércio entre os dois países. Por causa disso, segundo a Casa Branca, os russos não foram incluídos no tarifaço anunciado por Trump em abril.
Apesar das restrições, os dois países ainda mantêm relações comerciais. Em 2024, o comércio bilateral somou US$ 3,5 bilhões, com a compra e venda de produtos como fertilizantes, metais e até combustível nuclear, segundo dados do Escritório do Representante Comercial dos EUA.
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