Netanyahu diz que Israel precisa ‘concluir’ vitória sobre Hamas em Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento em 21 de maio de 2025
REUTERS/Ronen Zvulun/Pool
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (5) que Israel precisa concluir a vitória sobre o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. A fala ocorre após a TV israelense i12 ter revelado que Netanyahu decidiu tomar o controle total da Faixa de Gaza.
“Ainda é necessário concluir a derrota do inimigo em Gaza, libertar todos os nossos reféns e garantir que Gaza não represente mais uma ameaça para Israel. Não vamos desistir de nenhuma dessas tarefas. Vamos cumpri-las juntos, por meio do grande sacrifício dos nossos combatentes, homens e mulheres.”, disse Netanyahu durante uma visita a uma instalação de treinamento militar.
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Na mesma linha de Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta terça que é necessário “tomar todas as medidas necessárias” para derrotar o Hamas. Katz disse também que apresentará ao premiê um plano para alcançar esse objetivo.
Uma reportagem da TV i12, feita com fontes do governo israelense, revelou na segunda-feira que Netanyahu pretende expandir a ofensiva que Israel trava atualmente em Gaza até se apossar da totalidade do território palestino, e se reunirá com seu gabinete para comunicar a decisão nesta terça.
O governo israelense não ainda confirmou oficialmente o novo plano até a última atualização desta reportagem, mas Netanyahu confirmou a reunião de gabinete e disse que apresentará novas instruções ao Exército para atingir os objetivos na guerra.
“Devemos continuar unidos e lutar juntos para alcançar todos os nossos objetivos de guerra: a derrota do inimigo, a libertação de nossos reféns e a garantia de que Gaza não representará mais uma ameaça a Israel”, disse.
A expansão da ofensiva contra o Hamas em Gaza, que já conta com uma operação terrestre robusta desde outubro de 2023 e que se intensificou ao longo do tempo, é considerada após a divulgação de vídeos de reféns israelenses em estado esquelético, o que enfureceu o governo israelense. Um dos reféns afirmou em vídeo “estar à beira da morte”, e outro apareceu cavando sua própria cova.
Palestinos carregam suprimentos de ajuda que entraram em Gaza através de Israel, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, em 27 de julho de 2025.
REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Tomada da Faixa de Gaza por Israel
A decisão, disseram as fontes consultadas pela reportagem, foi feita após o fracasso das negociações por um acordo de cessar-fogo que devolvesse os reféns israelenses ainda sob poder do Hamas.
O plano envolve ainda a entrada das Forças Armadas de israelense em áreas onde o serviço de inteligência do país identificou que estão os cativeiros dos reféns, dentro da Faixa de Gaza.
A ideia de tomada do controle de Gaza — um território palestino estabelecido no mapa traçado pela ONU na criação do Estado de Israel, em 1948 — não é nova. Em maio, ao autorizar a retomada da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, Netanyahu chegou a revelar que controlar o território fazia parte de um “plano de vitória” da guerra.
Antes, durante uma visita do premiê israelense à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos de que os EUA controlem Gaza, remanejem os moradores do território para países vizinhos e crie resorts de luxo no local.
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