Israel não vai anexar Gaza, mas criará criar órgão para governar território, diz Netanyahu
Palestinos carregam suprimentos de ajuda que entraram em Gaza através de Israel, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, em 27 de julho de 2025.
REUTERS/Dawoud Abu Alkas
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (7) que não tem a intenção de anexar a Faixa de Gaza, mas que quer criar um órgão para governar o território, além de um “perímetro de segurança” ao redor de Gaza.
No início da semana, a rede de TV israelense i12 afirmou que o premiê decidiu tomar o controle total da Faixa de Gaza. Segundo a reportagem, Netanyahu pretende expandir a ofensiva que Israel trava atualmente em Gaza até se apossar da totalidade do território palestino.
Ainda de acordo com o canal, o premiê se reunirá com seu gabinete para comunicar a decisão na terça-feira (5).
O governo israelense ainda não havia confirmado oficialmente o novo plano até a última atualização desta reportagem, mas Netanyahu anunciou nesta segunda que se reunirá na terça com seu gabinete.
Embora não tenha revelado o conteúdo do encontro, confirmou que o objetivo será discutir objetivos na Faixa de Gaza.
“Devemos continuar unidos e lutar juntos para alcançar todos os nossos objetivos de guerra: a derrota do inimigo, a libertação de nossos reféns e a garantia de que Gaza não representará mais uma ameaça a Israel”, disse.
A decisão, disseram as fontes consultadas pela reportagem, foi feita após o fracasso das negociações por um acordo de cessar-fogo que devolvesse os reféns israelenses ainda sob poder do Hamas.
O plano envolve ainda a entrada das Forças Armadas de israelense em áreas onde o serviço de inteligência do país identificou que estão os cativeiros dos reféns, dentro da Faixa de Gaza.
A ideia de tomada do controle de Gaza — um território palestino estabelecido no mapa traçado pela ONU na criação do Estado de Israel, em 1948 — não é nova. Em maio, ao autorizar a retomada da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, Netanyahu chegou a revelar que controlar o território fazia parte de um “plano de vitória” da guerra.
Antes, durante uma visita do premiê israelense à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos de que os EUA controlem Gaza, remanejem os moradores do território para países vizinhos e crie resorts de luxo no local.
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